Crítica | Cinquenta Tons Mais Escuros é fiel ao livro com cenas mais ousadas


Quando a trilogia "Cinquenta Tons de Cinza", da autora E.L. James chegou há mais ou menos seis anos, conquistou milhões de leitores mundo a fora com o romance mais sedutor dos últimos tempos. A história de um homem misterioso, com passado sombrio, milionário, sadomasoquista, que se apaixona por uma menina humilde de 21 anos, tímida, virgem e estudante de literatura, foi ingrediente perfeito para despertar o sonho romântico e sexual mais profundo de quase todas as mulheres. De lá pra cá, houve grande expectativa quanto a produção do filme, tanto a escolha dos atores quanto a direção, e principalmente se a adaptação iria funcionar ou não.

Pois bem, o filme "Cinquenta Tons de Cinza" foi lançado em 2015, e alavancou a carreira dos protagonistas Dakota Johnson (Anastasia Steele) e Jamie Dornan (Christian Grey). Com direção de Sam Taylor-Johnson, o filme não atingiu o mesmo nível do livro, e os fãs o consideraram fraco demais, motivo que fez a diretora desistir do cargo, deixando a vaga para James Foley. Enquanto Dakota era elogiada, Dornan foi duramente criticado (e com razão!) pela falta de expressão ao atuar.



Finalmente chegou a hora de conferir "Cinquenta Tons Mais Escuros" nas telonas, considerado o melhor livro da trilogia, com mais ação, personagens, suspense e muito mais sexo. O longa segue fiel ao livro, as cenas mais quentes estão bem feitas todas com trilha sonora, nada vulgar. 

A continuação dá uma reviravolta no romance de Grey e Anastasia. Depois de terminarem o namoro, Christian procura Ana, e aceita as exigências da moça: nada de espancamento e sem segredos entre os dois. Cada um vai se adequando aos seus limites, e Grey começa a demonstrar seus traumas de infância. Leila (Bella Heathcote), a antiga "submissa" de Grey, obcecada por ele, surge para perseguir e atormentar a vida do casal. Ana também precisa lidar com as investidas do seu chefe, Jack Hyde, que vira uma ameaça para Grey. E, Elena Lincoln, a "dominadora" de Christian no passado, principal responsável por seus traumas, aparece na história causando ciúmes e raiva em Ana.

Diferença entre Cinquenta Tons de Cinza, de Sam Taylor-Johnson e Cinquenta Tons Mais Escuros, de James Foley.

No primeiro, Dakota Johnson estava melhor, neste ela parecia a Bella Swan, com cara de boba e voz sussurrante do começo ao fim. Já, Jamie Dornan que antes era inexpressivo, surpreendeu com excelente atuação, apesar de não parecer fisicamente com o Grey do livro, ele conseguiu conquistar os fãs. Por incrível que pareça, gostei mais da trilha sonora do primeiro, as músicas tinham mais o estilo sexy do filme. Neste último, achei um pouco sem graça, e a principal "I don't wanna live forever"  é tão fraca, que nem se compara a Crazy in Love de Beyonce  e Love Me Like You do, de Ellie Goulding.



Pontos negativos:
A atriz Kim Basinger, que interpreta Mrs. Robinson foi mal aproveitada, Ela parecia perdida na personagem, e não convenceu. O ator Eric Johnson está ótimo no papel de Jack Hyde, o chefe (que dá em cima) de Anastasia, porém, ele é bonitão, diferente das características do personagem do livro, que aparenta ser um velho babão. As cenas que eram pra ter bastante emoção deixaram a desejar, porque ao invés de emocionar, provocaram risos na plateia.

Conclusão:
Cinquenta Tons Mais Escuros está um pouco acima da média do primeiro, por ter mais ação e suspense. Quem leu o livro e amou vai perceber que está bem parecido, mas por se tratar de uma adaptação, nem sempre é perfeito, mas vale a pena conferir!

Observação importante: Há cenas pós créditos, não saiam logo do cinema!

Cinquenta Tons Mais Escuros está em cartaz  nos cinemas.

Ficha Técnica
Direção: James Foley
Roteiro: E.L. James, Niall Leonard
Elenco: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Luke Grimes, Rita Ora, Victor Rasuk, Kim Basinger
Produção: Dana Brunetti, E.L. James, Michael De Luca
Fotografia: John Schwartzman
Montador: Richard Francis-Bruce
Trilha Sonora: Danny Elfman
Duração: 115 min.
Ano: 2017
País: Estados Unidos

Trailer



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