CRÍTICA | Procurando Dory é engraçado e não decepciona por ser uma sequência


Treze anos depois, a sequência de 'Procurando Nemo' finalmente chega aos cinemas. 'Procurando Dory' segue a mesma linha do original, porém este, conta a história da peixinha Dory, que sempre esquece de tudo. Dessa vez, ela quer saber de sua origem e encontrar sua família que ficou muito tempo perdida. E assim a aventura começa pelo oceano, com muitas confusões e situações engraçadas. A amnésia repentina de Dory e os flashbacks do passado são os pontos altos da animação.

Os antigos personagens, como o Nemo, Marlin e Esguicho, ainda agradam com a fofura, mas são os novos que roubam a cena. O carismático polvo Hank que marca presença em quase todo o filme, é dublado, na versão brasileira, pelo Antônio Tabet, do canal Porta dos Fundos. Os hilários leões-marinhos que disputam um espaço em uma pedra, e um deles, o Geraldo, nunca tem vez, é sempre expulso aos berros - "sai daqui Geraldo!"- é de chorar de rir. Outros momentos cômicos, é a voz da apresentadora Marília Gabriela que anuncia tudo que acontece no Instituto de Vida Marinha. 

Ao contrário de Nemo, a história de Dory é mais focada no lado cômico, mas consegue emocionar. O visual é primoroso, repleto de belas paisagens, com muitas cores e luzes. A Pixar fez um trabalho impecável nesse ponto. Informações sobre a vida marinha também são explorados no filme como forma educativa.

Procurando Dory é super divertido, e traz algumas mensagens profundas como correr atrás dos sonhos, e que as melhoras coisas da vida acontecem por acaso e não como planejamos. Uma animação que toda a família, e claro, as crianças vão adorar. 


Estreia no dia 30 de junho nos cinemas.


Ficha Técnica

Gênero: Animação
Direção: Andrew Stanton, Angus MacLane
Elenco: Albert Brooks, Diane Keaton, Dominic West, Ellen DeGeneres, Eugene Levy, Idris Elba, Terrell Ransom Jr., Ty Burrell, Vicki Lewis, Willem Dafoe
Produção: Lindsey Collins
Ano: 2016
País: EUA

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CRÍTICA | Visita ou Memórias e Confissões - o filme póstumo de Manoel Oliveira


Visita ou Memórias e Confissões é um filme póstumo e autobiográfico do diretor português, Manoel de Oliveira. Ele fala sobre sua carreira, família e, principalmente, dois de seus maiores fascínios: a casa onde viveu por mais de 40 anos e sua esposa, Maria Isabel de Oliveira, a quem ele dedicou o filme.

Toda a filmagem se passa na própria casa onde viveu alegrias e tristezas - “uma casa é uma relação íntima, pessoal, onde se encontram as raízes” (Manoel de Oliveira). O documentário foi realizado em 1982, mas por motivos financeiros, o cineasta teve de vender a casa  e durante a mudança, sob a condição de que fosse exibido somente após a sua morte (falecido em abril de 2015), documentou os momentos de reflexão e dor ao deixar o lar.

Este é um filme feito por mim, sobre mim. Talvez eu não devesse ter feito um filme assim. Mas, enfim, está feito”. Essa é uma das primeiras frases pronunciadas pelo cineasta enquanto narra os créditos iniciais da obra.

Para colaborar com a narrativa, um casal entra em uma casa aparentemente vazia. Eles passam a observar os cômodos e descrevem o que veem. Com a câmera em movimento, apenas são mostradas as vozes do casal, que têm a sensação de reconhecer a casa. “Já toquei duas vezes e ninguém responde”, diz a voz feminina. “Não há ninguém. Nunca houve ninguém. Foi só uma impressão nossa”, a voz masculina responde. 

No decorrer do filme, o próprio diretor, Manoel de Oliveira, aparece para explicar o motivo da mudança de casa, e ainda relata sua vida familiar, carreira, além dos períodos de ditadura e revolução em Portugal, os quais viveu em sua juventude. No primeiro momento em que surge, Manoel está em um canto de um lugar que não é mais seu, perto de uma máquina de escrever, que já não escreve, projetando um filme para o futuro. Conversa diretamente com o espectador sobre os acontecimentos de sua vida ao ligar um projetor de cinema.  

De maneira minuciosa, são mostrados cada detalhe da casa. A beleza das imagens obtidas pela câmera, que percorre pelo espaço construído na década de 40, transmite um sentimento de afeição tornando o discurso do diretor ainda mais emocionante. Também são exibidos vídeos caseiros de sua infância, e fotos ao lembrar os nomes de todos os filhos, netos, noras e genros. 

O momento mais comovente do filme é quando Oliveira registra a esposa cuidando de suas flores e explicando como é ser casada com um renomado cineasta. Na cena, o público sente a cumplicidade e o amor entre eles. Manoel de Oliveira se dedicou ao cinema até sua morte, aos 106 anos. Produziu 32 filmes, além de curtas e médias-metragens pelos quais recebeu diversos prêmios internacionais.  Visita ou Memórias e Confissões é o último filme de Oliveira, marcado pela simplicidade e emoção.

Estreia no dia 23 de junho nos cinemas brasileiros.



Ficha Técnica

Realização: Manoel de Oliveira
Diálogos: Agustina Bessa-Luís
Fotografia: Elso Rique
Com: Manoel de Oliveira, Maria Isabel Oliveira, Urbano Tavares Rodrigues, Teresa Madruga, Diogo Dória
País: Portugal
Ano: 1982


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“Mundo Deserto de Almas Negras”, primeiro longa-metragem do grupo criativo Heavybunker, está em cartaz nos cinemas brasileiros


O filme, que se ambienta numa São Paulo fictícia, tematiza o racismo numa sociedade invertida, onde brancos são marginalizados e negros detêm posição privilegiada. Em “Mundo Deserto de Almas Negras”, Oscar é um jovem e bem sucedido advogado da elite paulistana. A pedido de um misterioso cliente, ele aceita entregar celulares para membro de uma facção criminal dentro de um presídio. Porém, quando tem sua carga roubada, passa a ser perseguido pelos perigosos contratantes. Apesar do que sugere , não se trata de mais um filme de ação entre tantos outros. A principal marca das produções da Heavybunker é a originalidade de seus projetos e em “Mundo Deserto” essa característica começa no roteiro.


 A São Paulo em que se ambienta o filme é idêntica à real em muitos aspectos, entretanto, é oposta em um ponto crucial. No universo do filme, o preconceito racial acontece de maneira inversa: Oscar, advogado pertencente à elite paulistana, é negro, assim como quase todos que compartilham de sua classe social, enquanto os brancos sofrem com a falta de oportunidade e são relegados a empregos subalternos e à vida em guetos. Com essa inversão, o filme suscita de modo original não somente a discussão da criminalidade nas cidades grandes, mas a questão do racismo, arraigado não só em grandes centros, mas em toda a nossa sociedade. Crime, advogados, mulheres fatais, matadores de aluguel e políticos corruptos: com suas cores alteradas, assistimos a um Brasil que reconhecemos e não reconhecemos, simultaneamente.



O ator e ativista Sidney Santiago, que dá vida ao protagonista Oscar,  produziu um elenco de atores negros igualmente ativistas que neste filme não representam papéis sociais subalternos, como Naruna Costa, Lucélia Sérgio, Edson Montenegro, Aldo Bueno, Kenan Bernardes, Paulo Américo e participações especiais de intelectuais afro-brasileiros.


A Faculdade Zumbi dos Palmares foi uma das principais locações do filme,  parte da pesquisa de arte foi realizada no Museu Afro Brasil e  a máxima do seu diretor, Emanoel Araújo, de que “não somos greco-romanos” inspirou a abordagem estética afro-brasileira do filme. Mundo Deserto de Almas Negras é um “noir tropicalista” pois recombina referências diversas do cinema, do pop e da formação racial brasileira de uma maneira esteticamente experimental. Essa ousadia rendeu uma Menção Honrosa no Cine PE pela dramaturgia inspirada na lógica do remix.

Nesta mesma lógica, artistas como Dexter e Tom Jobim convivem na trilha sonora 100% nacional do filme, repleta de músicas icônicas do nosso cancioneiro, além de novas mixagens dos DJs Zé Gonzales e André Laudz (Tropkillaz) que conduzem a história em um clima gangsta-brasileiro.


“Mundo Deserto de Almas Negras” está em cartaz nos cinemas brasileiros.



Ficha Técnica

Mundo Deserto de Almas Negras

Brasil, Cor, 2015, 93 min., Dolby 5.1

 Roteiro e Direção: Ruy Veridiano

Direção de Arte: Pedro Hórak

Direção de Fotografia: Alziro Barbosa

Produção: Renata Pagliuso e Ruy Veridiano

Produção Cultural e de Elenco: Renata Pagliuso e Sidney Santiago


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CRÍTICA | Como Eu Era Antes de Você é lindo e emocionante

★★★★ “Ótimo”



Há muito tempo um filme do gênero romântico não despertava tanta empolgação para estreia. Como Eu Era Antes de Você encanta pela simplicidade e pela emoção. Baseado no livro de Jojo Moyes, a adaptação promete fisgar o público e fazer muitos caírem em lágrimas. O longa é fiel ao best-seller, tendo alguns cortes, porém, isso não atrapalhou a história. Apesar de já haver filmes bem parecidos, esse tipo de trama ainda agrada pela emoção entre um jovem casal apaixonado. A autora Jojo Moyes é a roteirista do filme, e, Thea Sharrock, estreia como diretora.


A estrela do filme, Emilia Clarke, brilha com o seu jeito doce, engraçado e visual muito fofo, estilo vintage. Conhecida mundialmente pela série de sucesso Game of Thrones, ela interpreta Louisa Clark, uma garota alegre e extravagante, que vive no interior da Inglaterra. Ao perder o emprego e para ajudar a família, Clark aceita um trabalho como cuidadora de Will Traynor (Sam Claflin), um milionário que sofreu um acidente dois anos antes e ficou tetraplégico. 


Antes do acidente, Will era um jovem atlético e de bem com a vida. No decorrer da trama, o casal tinha uma relação difícil, devido a personalidades diferentes, mas Louisa está disposta a alegrar a vida de Will que passa a enxergar as coisas de outra forma. Questões como a dificuldade de lidar com a tetraplegia e a eutanásia são tratadas de formas bem delicadas, e são esses os motivos que realmente emocionam. A principal mensagem da história é uma reflexão que para ser feliz não é necessário estar com alguém, mas encontrar a felicidade em si mesmo.

No filme há cenas engraçadas para quebrar o gelo da seriedade do drama, e cenas tiradas do livro são o ponto alto, devido a ótima performance do elenco. A história é simultaneamente encantadora e triste, não pelo fato do personagem ser deficiente físico, mas pelos rumos emocionantes que os protagonistas são levados. A trilha sonora é perfeita de acordo com o clima romântico das cenas, e conta com as canções "The Sound", " Photograph"e "Don’t Forget Me".

Todo o elenco se encaixa perfeitamente nos personagens. Sam Clafin comove com as dificuldades de Will, e provoca risadas com o humor negro do personagem. E todos conhecem Emilia Clarke, num papel mais sério como a Khaleesi, em Game of Thrones. A atriz se destaca com seu lado cômico ao incorporar Lou, mostrando que encara qualquer tipo de papel com ótima naturalidade. Matthew Lewis, que interpreta o ciclista  Patrick e namorado de Louisa, provoca várias risadas pelo jeito bananão e ciumento.

“Como Eu Era Antes de Você" é lindo e merece ser visto nas telonas, com direito a muita choradeira. O longa promete não decepcionar os fãs. Vale a pena conferir pela emocionante história. Quem adora filmes românticos com certeza vai gostar deste.

Estreia em 17 de junho.


Ficha Técnica

Gênero: Drama
Direção: Thea Sharrock
Roteiro: Jojo Moyes
Elenco: Ben Lloyd-Hughes, Brendan Coyle, Charles Dance, Emilia Clarke, Janet McTeer, Jenna Coleman, Matthew Lewis, Sam Claflin, Stephen Peacocke, Vanessa Kirby
Ano: 2016



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Entrevista | Sandra Kogut, diretora do filme ‘Campo Grande’


Campo Grande, mais novo longa de Sandra Kogut, está em cartaz nos cinemas. O filme conta a história de duas crianças abandonadas pela mãe, na portaria de um prédio em Ipanema. A película também mostra a cidade do Rio de Janeiro em plena transformação, no meio do caos urbano.

Confira a minha entrevista com a cineasta Sandra Kogut:

CinePloc: O filme toca nos assuntos de diferença entre classes sociais e abandona da mãe, o que te inspirou a escrever sobre esses temas?

Sandra Kogut: É uma adaptação inspirada no livro de Guimarães Rosa, e achava que já conhecia essas histórias, só que é muito complexo, sobre o amor incondicional da mãe, que abandona o filho por achar que está dando uma chance de vida melhor. Fiquei com isso na cabeça. Fiz pesquisas, fui à abrigos, conversei com assistentes sociais e com crianças. A partir daí, nasceu o filme, inspirado nessas histórias que colhemos. Enquanto o filme estava sendo produzido, o Brasil e as relações sociais estavam mudando.



CP: O filme mostra muitas obras pela cidade. Você esperava por isso ou foi pega de surpresa?

Sandra Kogut: Não só esperava como fazia parte do filme. Era um dos assuntos que queria falar. Usamos isso, e interagimos com esse caos, não podíamos escapar dele. Era uma situação um pouco confusa, em plena mudança na cidade e, que também estava acontecendo na vida dos personagens. Achei que não era só uma paisagem real, mas também uma paisagem interna, do estado de espírito dos personagens.

CP: O que te chamou mais atenção nessa transformação da cidade?

Sandra Kogut: O que mais me impressionou foi a quantidade de obras em todos os lugares, onde você fosse, havia um grande volume e extensão de obras gigantescas, e até bairros que você nem sabia circular. Foi impressionante e ao mesmo tempo interessante. Gosto de trabalhar nesse tipo entre a ficção e o documental. Não gosto de fechar ruas. Há uma história engraçada. A produção colocou um ponto de ônibus cenográfico em uma das cenas na rua, enquanto eu estava do outro lado preparando os atores, os ônibus começaram a parar no nosso ponto, até pessoas pegavam ônibus ali.

CP: Porque escolheu Campo Grande?

Sandra Kogut: Quando comecei a escrever, pensei em um bairro no subúrbio do Rio de Janeiro. Escolhi Campo Grande por que também acho um nome muito bonito. Decidi ir à Campo Grande, aonde não ia há anos, e vi como estava lá, o lugar combinava com a história, exatamente aquilo que queria.

CP: Como foi trabalhar com as crianças no filme?

Sandra Kogut: Foi uma felicidade, eles eram incríveis. Eu procurava crianças que nunca tivessem atuado, porque eu não queria atuação. E tive a felicidade de encontrar essas crianças, eles também se adoraram entre si, se tornaram verdadeiros irmãos. Foram muito corajosos.



CP: Esse é o seu segundo filme que tem uma criança como protagonista. O que te levou a repetir isso?

Sandra Kogut: Nunca imaginei fazer dois filmes seguidos com crianças, não tinha planejado. Em “Mutum” (2007), queria contar aquela história, e aconteceu do protagonista ser uma criança. Em “Campo Grande” queria contar a história não só do ponto de vista da criança, mas que a gente entendesse o lado de todo o mundo, de todos os personagens. Por isso, tem a personagem Regina (Carla Ribas), uma mulher de classe média alta, que enfrenta esse problema com as crianças.

CP: Sobre o suspense do filme, se a mãe irá aparecer…

Sandra Kogut: A gente se pergunta, se a mãe irá aparecer. Durante a pesquisa para o filme, fiquei muito emocionada, como as crianças abandonadas arrumavam uma desculpa para as mães. Elas tinham sido abandonadas, mas dizia que a mãe estava ocupada, que trabalhava muito. Elas tinham uma explicação e não acusavam as mães, estavam do lado delas. Foi tocante porque isso também mostra o amor incondicional do filho para a mãe.


Campo Grande estreou em circuito nacional no último dia 2 de junho. 


CRÍTICA | Campo Grande destaca diferença de classe social e mostra transtorno nas ruas do Rio

★★★ “Bom”

A diretora Sandra Kogut, conhecida por seu primeiro longa–metragem “Mutum”, apresenta agora seu novo filme, Campo Grande que está em cartaz nos cinemas brasileiros e ganhou destaque no Festival do Rio. A história trata das diferenças entre classes sociais, abandona da mãe e o cenário caótico do Rio de Janeiro.


A trama de Campo Grande gira em torno do relacionamento entre uma mulher de classe média (Carla Ribas) e dois irmãos pequenos (Ygor Manoel e Rayane do Amaral) que foram abandonados e deixados na porta de seu prédio, com nome e endereço na mão. A vida da família muda com o surgimento imprevisível das crianças, filhos de uma ex-empregada doméstica da casa.

Carla Ribas interpreta muito bem uma mulher moderna de classe média, recém-separada, que enfrenta problemas de relacionamento com a filha. Inesperadamente ela se vê responsável pelas duas crianças desconhecidas, no momento em que a família está mudando de casa.

O roteiro se desenvolve com a procura incessante pela mãe que disse aos filhos que voltaria para buscá-los. O tempo passa e a difícil compreensão das crianças de que foram abandonadas pela mãe se torna cada vez presente. Na realidade, o problema poderia ser resolvido de maneira simples, mas Kogut conseguiu desenrolar o enredo sobre a questão da passagem do tempo de forma eficiente, através do ambiente, das caixas empacotadas e móveis desparecendo.

Mas isso é só um detalhe, o que sobressai é o sentimento de dor e compaixão envolvendo o menino Ygor e, a dona de casa ao conhecer o local em que ele vivia, até então desconhecido, Campo Grande, bairro que mostra um Rio de Janeiro caótico. Diversas obras nas ruas também ajudam a transtornar o cenário de uma cidade que tentar se desenvolver, mas não se livra da imagem de pobreza. O fato é que todos os personagens passam por momento de transformação tanto social quanto afetiva.

Campo Grande teve sua estreia mundial na 40ª edição do Festival de Toronto em 2015 e levou o prêmio de Melhor Montagem (Sérgio Mekler) na Première Brasil no Festival do Rio 2015.

Ficha Técnica:

Título original: Campo Grande

Direção: Sandra Kogut

Roteiro: Sandra Kogut / Felipe Sholl

Elenco: Carla Ribas, Ygor Manoel, Rayane do Amal, Julia Bernat

Produção: Sandra Kogut / Flávio R. Tambellini

Gênero: Drama

País: Brasil / França

Ano: 2015


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CRÍTICA | ‘Invocação do Mal 2’ é um dos melhores filmes de terror contemporâneo

★★★★ “Ótimo”


Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2) é um filme para quem realmente gosta de terror. Depois do sucesso de público e crítica, quando foi lançado o original em 2013, a sequência volta aos cinemas com mais um fato verídico. O longa repete a qualidade e o bom enredo do primeiro, com cenas até mais assustadoras. O suspense é constante, com picos de adrenalina em cenas que leva a plateia ao susto. Apesar de 133 minutos, o filme consegue prender do início ao fim.

A estória é baseada no famoso caso Enfield Poltergeist, no final da década de 1970. O casal Warren vai a Londres para ajudar a mãe solteira, Peggy Hodgson e seus quatro filhos, que estão atormentados com fenômenos paranormais na casa onde vivem. Os demonologistas, Ed (Patrick Wilson) e Lorraine (Vera Farmiga), chegam para ajudar a família, especialmente a garota Janet Hodgson (Madison Wolfe) que vem apresentando um comportamento atípico desde que a família se mudou para a nova casa na Rua Green.

Com direção de James Wan, a trama é tensa e aterrorizante na dose certa, se tornando referência da nova safra de filmes de terror. Outro ponto interessante é que, são mostrados os materiais que serviram de base para a construção do filme, como imagens de jornais, revistas, áudios e fotos antigas. E todos esses detalhes característicos impressionam e deixam exatamente igual ao fato real que aconteceu na época. Essa é uma das melhores produções de filme terror também no quesito figurino, maquiagem e efeitos especiais. James Wan soube encaixar com maestria tanto a escolha dos atores, quanto a trilha sonora e efeitos especiais.

A trilha sonora também é impecável ao aumentar o suspense em algumas cenas. Há momentos engraçados e descontraídos, como Patrick Wilson cantando Can`t Help Falling In Love, do Elvis Presley.

A atriz Vera Farmiga, trabalha muito bem com a personagem ao equilibrar sua fragilidade com atitudes de coragem, diante das situações mais tensas. Aliás, Vera Farmiga vem se destacando no gênero de terror, prova disso é a série de tv "Bates Motel", na qual interpreta Norma Bates. O mesmo pode se dizer do excelente ator Patrick Wilson. O casal protagonista foi muito bem ao repetir seus papéis. Nessa sequência estão ainda melhores e a química entre eles parece ter ficado ainda mais forte. Ambos conseguem passar a emoção e as dificuldades que enfrentam. O destaque fica por conta de Madison Wolf que surpreende no papel de Janet Hodgson, a filha mais nova, possuída por um espírito maligno. A expressão da menina é bizarra e realmente assusta!

A franquia Invocação do Mal é um dos melhores filmes de terror contemporâneo, e seu estrondoso sucesso acabou gerando um spin-off “Annabelle”. A sequência que estreia no próximo dia 9 de junho nos cinemas com certeza promete agradar os fãs.




Ficha técnica

Gênero: Terror
Direção: James Wan
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes, James Wan
Elenco: Abhi Sinha, Adrien Ryans, Alexa Najera, Frances O'Connor, Javier Botet, Jennifer Collins, Madison Wolfe, Maria Doyle Kennedy, Nancy DeMars, Patrick Wilson, Robin Atkin Downes, Shannon Kook, Simon Delaney, Simon McBurney, Sterling Jerins, Steve Coulter, Vera Farmiga
Produção: James Wan, Peter Safran, Rob Cowan


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Remake de Sexta Feira 13 contará a origem de Jason Voorhees


O novo remake de "Sexta-Feira 13" vem por aí e vai contar a origem de Jason Voorhees nas telonas. Em entrevista ao site The Reel World, o produtor, Brad Fuller, afirma que a trama será diferente do que foi mostrado antes  - "Nós voltamos para trás e começamos tudo de novo, e vamos indo adiante. É uma origem que ninguém viu antes. Obviamente, Pamela está lá, mas é meio diferente do que foi visto antes”.  

Segundo o produtor, a mãe de Jason, Pamela Voorhees (vivida por Betsy Palmer), vai aparecer no filme, mas com novos detalhes. Ele ainda disse que o longa não terá o formato de filmagens amadoras. “Não acho que Jason exista nesse cenário”, comentou Fuller.

O próximo “Sexta-Feira 13” será o 13º filme da franquia e ainda não tem previsão de estreia.