O INDIE completa 17 anos com uma edição que valoriza o cinema contemporâneo, dá espaço para realizadores de produções autorais e aposta em uma nova geração de cineastas. Os 42 filmes de 13 países selecionados para o INDIE 2017 serão exibidos em São Paulo, de 13 a 20 de setembro, e em Belo Horizonte, entre 20 a 27 de setembro.
O programa da Mostra Mundial, com 14 filmes, reflete a produção atual do cinema independente realizado em várias partes do mundo. Seis diretoras mulheres exprimem o que há de mais audacioso e interessante na produção contemporânea atual: a portuguesa Teresa Villaverde mostra, em Colo o esfacelamento familiar causado pela crise econômica; a alemã Angela Schanelec cria uma inventiva forma narrativa em O caminho dos sonhos; a francesa Léonor Serraille, prêmio Caméra d’Or no Festival de Cannes, traz a força e o frescor em Jovem mulher; e a alemã Valeska Grisebach, em seu terceiro longa, explora de forma humana e poderosa as intrincadas relações políticas atuais em Western. O INDIE ainda apresenta o cinema experimental da artista americana Sharon Lockhart (Rudzienko) e o primeiro longa da cineasta portuguesa Filipa César (Spell Reel).
O diretor sul-coreano Hong Sang-Soo está na Mostra Mundial com seu filme mais melancólico: Na praia à noite sozinha, que deu o prêmio de melhor atriz para Kim Minhee na Berlinale. Três diretores estreantes estão na mostra: o sul-africano John Trengove (Os Iniciados), o alemão Julian Radlmaier (Autocrítica de um cachorro burguês) e o georgiano Rati Oneli (Cidade do Sol). E para fechar o line up, os foram selecionados os longas mais recentes de Damien Manivel (O parque) e do chinês Huang Wenhai (Nós somos os trabalhadores).
O cinema intimista do diretor francês Philippe Garrel ganha a retrospectiva do INDIE 2017. Nascido em 1948, em Paris, Garrel fez, pessoalmente, a seleção dos 22 filmes que gostaria de ver exibidos no INDIE, assim como decidiu os formatos de exibição, entre 35 mm e DCP – o diretor vem cuidando pessoalmente da restauração digital dos seus filmes antigos.
A retrospectiva traz, da primeira fase da sua cinematografia, considerada mais experimental e onírica, nove títulos, tais como o seu primeiro curta Les Enfants Désaccordés (1964), realizado quando ele tinha 16 anos; o curta Actua I (1968), um registro raro de maio 1968, cuja cópia estava até pouco tempo desaparecida; e longas como Le Révélateur (1968) e Les Hautes Solitudes (1974), obras em que não há nenhum som; em que ele explora os rostos e os gestos, ou La Cicatrice Intérieure (1972), com sua musa, a atriz e cantora Nico.
A primeira fase vai até L’enfant Secret (1979), o primeiro longa que Garrel filma a partir de um roteiro e que marca a passagem para a fase narrativa de seu cinema e que segue até suas produções recentes. Desta segunda fase, a retrospectiva exibe filmes inéditos no país como Liberté, La Nuit (1983), Les Baisers De Secours (1988), J’entends Plus La Guitare (1991), La Naissance De L’amour (1993), Le Vent De La Nuit (1999) e Sauvage Innocence (2001). A partir de 2005, os filmes de Garrel passaram a ser mais conhecidos no Brasil porque tiveram distribuição comercial: Os amantes constantes (2005), A fronteira da alvorada (2008), Um verão escaldante (2011), O ciúme (2013) e À sombra de duas mulheres (2015).
O programa Clássica exibe quatro filmes clássicos e um cult restaurados que serão relançados nos cinemas comerciais brasileiros a partir de novembro. Comemorando 50 anos do seu lançamento com cópias restauradas em 4k, dois filmes importantes para a história do cinema e que são, ao mesmo tempo, antagônicos em seu estilo e produção: A bela da tarde, o clássico do surrealista espanhol Luis Buñuel com a estonteante Catherine Deneuve; e a comédia A Primeira Noite De Um Homem, que deu o Oscar de diretor para Mike Nichols, com Dustin Hoffman e Anne Bancroft. Completam o programa o primeiro longa de Jean-Luc Godard, Acossado (1960); Stromboli (1950) de Roberto Rossellini com Ingrid Bergman, e um cult incontestável: Mulholland Drive: Cidade dos Sonhos (2001) de David Lynch.
O Indie 2017 em São Paulo é uma correalização da produtora Zeta Filmes e do SESC SP e conta com o apoio institucional da Embaixada da França, Instituto Francês, INA (Institut National de L'Audiovisuel) e Espaço Itaú de Cinema. O Indie 2017 em Belo Horizonte tem parceria do SESC MG, apoio cultural da Fundação Clóvis Salgado - Governo de Minas, apoio institucional da Embaixada da França, Instituto Francês e INA (Institut National de L'Audiovisuel). O INDIE é uma realização da Zeta Filmes.
SERVIÇO
São Paulo: 13 a 20 de setembro
CineSESC (273 lugares)
Rua Augusta, 2075 / Cerqueira César
Tel.: 3087.0500- www.sescsp.org.br
Ingressos: R$12 (inteira), R$6 (meia), R$3,50 (credencial plena SESC)
CineSESC (273 lugares)
Rua Augusta, 2075 / Cerqueira César
Tel.: 3087.0500- www.sescsp.org.br
Ingressos: R$12 (inteira), R$6 (meia), R$3,50 (credencial plena SESC)
Espaço Itaú de Cinema – Sala 4 (85 lugares)
Rua Augusta, 1.470 (Anexo) – Consolação
Ingressos: R$20 (inteira), R$10 (meia)
Belo Horizonte: 20 a 27 de setembro
Rua Augusta, 1.470 (Anexo) – Consolação
Ingressos: R$20 (inteira), R$10 (meia)
Belo Horizonte: 20 a 27 de setembro
Cine Humberto Mauro (129 lugares)
Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Cine SESC Palladium - (82 lugares)
Av. Augusto de Lima, 420 - Centro
Entrada franca
(ingressos disponíveis nas bilheterias dos espaços 30 minutos antes de cada sessão)
Av. Afonso Pena, 1537 – Centro
Cine SESC Palladium - (82 lugares)
Av. Augusto de Lima, 420 - Centro
Entrada franca
(ingressos disponíveis nas bilheterias dos espaços 30 minutos antes de cada sessão)
Outras informaçõeshttp://www.indiefestival.com.br
twitter: @indiefestivalhttp://www.facebook.com/indiefilmfestival
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