O 3° ARCHcine - Festival Internacional de Cinema de Arquitetura vai de 22 a 28 de novembro, no Rio de Janeiro. A programação contará com filmes nacionais e internacionais, nos mais diversos gêneros cinematográficos e que concorrem aos prêmios de Melhor Filme nas categorias Longa-metragem e Curta-metragem. Com o tema ‘Habitar’, o ARCHcine segue sua trilha pela reflexão em torno da cidade, do urbanismo e da arquitetura através do cinema.
O festival inicia sua 3ª edição no dia 22 de novembro, no IAB/RJ - Instituto de Arquitetos do Brasil (Beco do Pinheiro, 10 - Flamengo), que sediará a Sessão de Abertura do ARCHcine. Já entre os dias 23 a 27 de novembro serão realizadas as Mostras Competitivas, no CCJF – Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241 – Centro). A programação do ARCHcine conta ainda com uma sessão ao ar livre, no dia 26, realizada em parceria com o projeto Cine Mureta (Rua da Glória, 18 – Glória).
O bairro da Glória também sediará o Painel de Debates do festival, entre 23 e 25, na Casa de Estudos Urbanos (Rua da Glória, 18 – Glória). Completa a programação, a Sessão de Encerramento e Premiação, no Oi Futuro (R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo), dia 28 de novembro. Todas as atividades do festival têm entrada franca.
O tema ‘Habitar’ norteia grande parte da programação do ARCHcine, lançando luz a temas relacionados à habitações, moradias, déficit habitacional, disputa por espaço, uso do espaço urbano para moradia, dentre outros. Nesse sentido, está escaldo para a Sessão de Abertura o filme “Dispossession: A Grande Fraude da Habitação Social”, de Paul Sng (UK, 2017, Doc, 82 min). Trazendo um panorama dos últimos 30 anos das habitações sociais no Reino Unido, o filme revela como a habitação chegou ao topo da agenda pública no ano de 2017. O diretor do longa-metragem, Paul Sng, estará presente à Sessão de Abertura do 3º ARCHcine.
A Sessão de Abertura do festival também contará com a exibição do curta-metragem produzido durante a Residência Artística ARCHstories, que acontece de 05 a 17 de novembro, na Ocupação Manuel Congo (Rua Alcindo Guanabara, 20 – Cinelândia). Com a presença de artistas nacionais e internacionais, a Residência tem a meta de promover um intenso intercâmbio cultural e dar visibilidade a moradores de prédios ocupados e habitações sociais. Ao longo processo, além da produção de um curta-metragem sobre o tema proposto, a Residência fará uma correlação das questões habitacionais entre Brasil e Reino Unido.
Duas importantes parcerias estão mantidas para o festival em 2018, são elas: Arquiteturas - Festival Internacional de Cinema e Arquitetura de Lisboa e Move Cine Arte. Enquanto o festival Arquiteturas, de Portugal, comparece com filmes internacionais, o Move Cine Arte, sediado em São Paulo, transcende o eixo curatorial do ARCHcine e apresenta filmes sobre arte e movimentos artísticos do Brasil e do exterior.
"Com o tema Habitar, a curadoria procurou buscar uma difusão audiovisual de histórias narradas no cinema que tratam de aspectos que envolvem a temática. Isso vai desde questões como a luta pela moradia, déficit habitacional e disputas de espaço no campo e na cidade. A importância do festival é dar visibilidade a essas questões do ponto de vista político, econômico e social e que envolvem o exercício da cidadania e a garantia de direitos no Brasil. A residência artística surgiu com o intuito de capacitar pessoas que não têm acesso a bens culturais ligados ao cinema. Com isso, a residência busca promover um intenso intercâmbio entre os residentes para que eles durante a imersão possam criar um projeto audiovisual que será exibido durante o festival. Já a mostra competitiva desse ano exibirá filmes nacionais e internacionais que permeiam a temática desse ano e que não estão presentes no grande circuito audiovisual tradicional. E a exibição ao ar livre é uma forma de se debater o uso do espaço público em busca de democratizar o acesso à cultura nesses espaços urbanos", afirma Diogo Leal, um dos curadores do festival.
O 3º ARCHcine – Festival Internacional de Cinema de Arquitetura é uma realização do IBEFEST – Instituto Brasileiro de Estudos de Festivais Audiovisuais e da Casa Coisa Design, com direção e curadoria de Aline Pereira e Diogo Leal.
O ARCHcine conta com Patrocínio do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ); Parceria Nacional do Festival MoveCineArte; Parceria Internacional do Arquiteturas Film Festival Lisboa e do movimento FilmEssay (Itália); Apoio Institucional do Centro Cultural Justiça Federal – CCJF; Apoio do Britsh Council e Oi; e Parceria Cultural de: Instituto de Arquitetos do Brasil, Congresso Mundial da União Internacional dos Arquitetos – Rio 2020 (UIA), Ernani Freire Arquitetos Associados, Grupo de Educação Multimídia – GEM/UFRJ, Escritório MUTA, Casa de Estudos Urbanos, Anarca Filmes e Ocupação Manuel Congo/MNLM.
A Residência Artística ARCHstories é uma realização do Britsh Council, Oi e IBEFEST, através do Programa Pontes.
COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS
Chega de Fiu Fiu, de Amanda Kamanchek, Fernanda Frazão (SP, Brasil, 2018, 73`)
O Desmonte do Monte, de Sinai Sganzerla (RJ/SP, Brasil, 2017, 85’)
Favela Olímpica, de Samuel Chalard (Suíça, 2017, 93`)
Fazer Muito com Pouco (Hacer Mucho Con Poco), de Katerina Kliwadenko, Mario Novas (Equador, Espanha, 2017, 84`)
O Outro Rio (L’autre rio), de Émilie B. Guérette (Canadá, 2017, 88’)
COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS
5 Minutos Por Dia, de Bob Yang, Frederico Evaristo (SP, Brasil, 2018, 10`);
Casca de Baobá, de Mariana Luiza (RJ, Brasil, 2017, 12`);
Entre Marés, de Anna Andrade (PE, Brasil, 2018, 20`);
Flores, de Vado Vergara (RS, Brasil, 2017, 17`);
Frequências, de Adalberto Oliveira (PE, Brasil, 2017, 19`);
Memórias de um Rio Fabril, de Thais Blank, Isabel Joffily, Paulo Fontes (RJ, Brasil, 2017, 25`);
Nanã, de Rafael Amorim (PE, Brasil, 2017, 25`);
Noroeste, de Lucas Gesser (DF, Brasil, 2018, 14`);
Palmira: A cidade inventada, de Caue Nunes (SP, Brasil, 2018, 10`);
Tempos de Cão, de Ronaldo Dimer e Victor Amaro (SP, Brasil, 2017, 24`);
Vidas Cinzas, de Leonardo Martinelli (RJ, Brasil, 2017, 15`)
SINOPSES DOS FILMES EM COMPETIÇÃO:
5 MINUTOS POR DIA, de Bob Yang, Frederico Evaristo (São Paulo, SP, Brasil, 2018, 10`);
Jefferson e Jorge dividem agora o mesmo teto.
CASCA DE BAOBÁ, de Mariana Luiza (Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2017, 12`)
Maria, uma jovem quilombola, é cotista na UFRJ. Sua mãe, Francisca, leva a vida cortando cana-de-açúcar. As duas trocam mensagens para matar a saudade e refletir sobre o fim de uma era econômico-social
CHEGA DE FIUFIU, de Amanda Kamanchek, Fernanda Frazão (Itapeva, SP, Brasil, 2018, 73`)
As cidades foram feitas para as mulheres? O filme ‘Chega de Fiu Fiu’ narra a história de Raquel, Rosa e Teresa, moradoras de três cidades brasileiras que, por meio de ativismo, arte e poesia resistem e propõem novas formas de (con)viver no espaço público.
O DESMONTE DO MONTE, de Sinai Sganzerla (Rio de Janeiro/São Paulo, RJ/SP, Brasil, 2017, 85’)
O documentário O Desmonte do Monte aborda a história do Morro do Castelo, seu desmonte e arrastamento. O Morro do Castelo a "Colina Sagrada" foi o local da fundação da Cidade do Rio de Janeiro e apesar de sua importância histórica, foi destruído em reformas urbanísticas com o intuito de "higienizar" a cidade.
ENTRE MARÉS, de Anna Andrade (Recife, PE, Brasil, 2018, 20`)
No chão de lama, mulheres compartilham seus vínculos e vivências com a maré, a pesca, e a Ilha de Deus, localizada no bairro de Imbiribeira, em Recife (PE).
FAVELA OLÍMPICA, de Samuel Chalard (Suíça, 2017, 93`)
As Olimpíadas se aproximam e o Rio de Janeiro prepara-se para receber a comunidade internacional. São construídas hospedagens de luxo, pavilhões esportivos, estádios de atletismo... É necessário que tudo esteja perfeito para brilhar diante das televisões do mundo inteiro. Se a construção avança a grandes passos, é a destruição que causa problemas. A apenas poucos metros das grades do Parque Olímpico reside uma área sensível, um espaço habitado que mancha o cartão postal brasileiro. Trata-se da Comunidade de Vila Autódromo.
FLORES, de Vado Vergara (Porto Alegre, RS, Brasil, 2017, 17`)
Em meio aos encontros e desencontros cotidianos, a construção de grandes empreendimentos imobiliários modifica a arquitetura da cidade. Enquanto isso, o tempo entalha suas marcas.
FREQUÊNCIAS, de Adalberto Oliveira (Olinda, PE, Brasil, 2017, 19`)
Na retina, raios luminosos que giram revelam um novo mundo.
FAZER MUITO COM POUCO (Hacer Mucho com Poco), de Katerina Kliwadenko, Mario Novas (Equador, Espanha, 2017, 84`)
‘Hacer mucho com poco’ mostra como jovens arquitetos estão fazendo acontecer uma mudança nos paradigmas, oferecendo um novo entendimento do modo como a profissão interage com a sociedade. A construção de projetos reais com estudantes permite a eles a transformação da academia, a fim de obter continuidade nos anos seguintes. Projetos diferentes explicados por usuários finais, estudantes e arquitetos, por meio de sua aproximação com a gerência e materiais locais, visando um modelo econômico alternativo.
MEMÓRIAS DE UM RIO FABRIL, de Thais Blank, Isabel Joffily, Paulo Fontes (Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2017, 25`)
Três fábricas do Rio de Janeiro mostram a força do passado industrial e a sua importância para a memória social carioca. Cada uma delas teve um destino após o fechamento, mas todas são capazes de falar sobre a cidade na qual nasceram e morreram.
NANÃ, de Rafael Amorim (Recife, PE, Brasil, 2017, 25`)
Em um complexo portuário industrial, a população enfrenta o processo de gentrificação do território. A resistência é a terra.
NOROESTE, de Lucas Gesser (Brasília, DF, Brasil, 2018, 14`)
Em 2011 iniciou-se a construção do Setor Noroeste, último setor habitacional a ser construído no Plano Piloto. Nos terrenos de sua construção, porém, habitam diversos povos indígenas, que nos últimos sete anos viram seu território sagrado ser cercado por prédios de luxo.
O OUTRO RIO (L’autre rio), de Émilie B. Guérette (Canadá, 2017, 88’)
Rio de Janeiro, agosto de 2016. As Olimpíadas estão a pleno vapor. A poucos passos do Estádio do Maracanã, mas longe dos holofotes, cem famílias sem teto vivem em um prédio abandonado. Apesar da miséria, da violência do tráfico e da repressão policial, os moradores sobrevivem com engenhosidade e resiliência. Ignoradas pelas reportagens sensacionalistas, as palavras dignas e generosas dos protagonistas revelam um universo de concreto e de luz, onde a realidade de hoje desvanece atrás das aspirações para o amanhã.
PALMIRA: A CIDADE INVENTADA, de Caue Nunes (Campinas, SP, Brasil, 2018, 10`)
Falso documentário que conta a história de um sírio refugiado no Brasil. Ele é fundador de uma organização na cidade de Palmira, que milita pela paz, contra a invasão do Estado Islâmico, mas também contra o governo de Bashar al-Assad. Baseado em um relato real.
TEMPOS DE CÃO, de Ronaldo Dimer e Victor Amaro (São Paulo, SP, Brasil, 2017, 24`)
Em uma São Paulo inabitada, personagens reais resistem à extinção iminente e à falta d’água.
VIDAS CINZAS, de Leonardo Martinelli (Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2017, 15`)
Um falso documentário sobre a atual crise social, política e econômica no Brasil, onde o governo corta as cores do Rio de Janeiro, deixando a cidade em preto e branco.
SERVIÇO: 3º Archcine- Festival Internacional de Cinema de Arquitetura
Data: 22 a 28 de novembro
22 de novembro: Sessão de Abertura, às 20h | IAB/RJ - Instituto de Arquitetos do Brasil (Beco do Pinheiro, 10 - Flamengo)
23 a 27 (exceto dia 26): Mostras Competitivas | CCJF – Centro Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241 – Centro)
26 de novembro: Sessão ao ar livre | Rua da Glória, 18 – Glória
23 a 25 de novembro: Painel de Debates | Casa de Estudos Urbanos (Rua da Glória, 18 – Glória)
28 de novembro: Sessão de Encerramento e Premiação | Oi Futuro (R. Dois de Dezembro, 63 – Flamengo)
Entrada Franca (sujeita à lotação da sala)
Instagram: @archcine