Baseado em um conto do escritor argentino Julio Cortázar, a história de Blow-Up gira em torno do envolvimento acidental de Thomas, um fotógrafo de moda na Swinging London, em um caso de assassinato.
Após fotografar um casal que se encontrava em um parque, Thomas é procurado pela mulher, que exigia os negativos das fotos. Instigado pela insistência da mulher, o fotógrafo amplia as imagens e as examina, descobrindo o que acredita ser um indício de um crime, capturado ao acaso por sua lente. Dessa forma, o fotógrafo acaba se envolvendo em um enigma que tenta solucionar por meio de suas fotografias.
Primeiro filme de Antonioni falado inteiramente em inglês, Blow-up foi de extrema importância no contexto da contracultura. Relevante não só por exibir a agitação cultural na qual Londres estava imersa na década de 1960, com participações de alguns de seus ícones, como a modelo Verushka e os Yardbirds, o filme ganhou notoriedade – e controvérsia – também pela quebra de alguns paradigmas do cinema da época, rompendo com o Código Hays ao exibir cenas de nudez frontal, algo até então inédito no cinema britânico voltado ao grande público.
O filme foi o grande vencedor do Festival de Cannes 1967, além de diversas outras mostras internacionais, e é considerado um dos mais relevantes da carreira de Michelangelo Antonioni. Em 8 de dezembro, o Clássica traz a versão restaurada desta obra-prima aos cinemas brasileiros.
Blow-Up (DCP, Reino Unido/Itália/EUA, 1966, 111 min.)
Direção: Michelangelo Antonioni
Roteiro: Michelangelo Antonioni, Tonino Guerra, Edward Bond
Direção de fotografia: Carlo Di Palma
Montagem: Frank Clarke
Música: Herbie Hancock
Produção: Carlo Ponti, Pierre Rouve
Elenco: David Hemmings, Sarah Miles, Vanessa Redgrave, Verushka
Trailer
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