(Crítica) Nasce uma Estrela




Por Beto Menezes, do Cinema em Série

Clássico americano que volta ao cinema pela quarta vez, Nasce uma Estrela (A Star is Born) se mostra tanto como o projeto ideal para Bradley Cooper iniciar sua carreira como diretor quanto para Lady Gaga mostrar uma nova vertente do seu talento como a jovem desconhecida que é alçada ao estrelato musical. E ambos conseguem atingir seu objetivo e tornar essa versão bastante apropriada para a nova geração e agrada como homenagem aos originais.

No filme conhecemos o astro Jackson Maine (Cooper), cantor que um dia brilhou como a estrela que já foi e agora vê sua carreira apagando aos poucos na solidão. Ao sair de um show ele para em um bar e conhece Ally (Gaga), jovem que vive de um trabalho pequeno e canta nesse bar onde coincidentemente Maine está. Após uma noite de bate papo o cantor vê na jovem a inspiração dos dias de sucesso e a leva rumo ao estrelato onde, graças à fama recém adquirida dela, ambos veêm o seu recente relacionamento passar por uma tremenda montanha russa de emoções.


Diferente do que o trailer se apresenta (ou que me deu a impressão, pelo menos) Nasce uma Estrela se trata muito mais de um drama sobre o lado complicado da fama do que um musical. O filme se apóia no drama que os dois estão passando, com um peso muito maior na carga emocional de Maine. Cooper presta uma boa homenagem às versões anteriores, e tenta imprimir um ar nostálgico mas ao mesmo tempo dar modernidade ao filme, as cenas de show são bastante empolgantes e bem filmadas, mas a música aqui atua muito mais como um instrumento da passagem de tempo, para mostrar a evolução de Ally e o fracasso de Maine. Mas a música ainda assim tem papel importante na história do casal.
Se Cooper cumpre seu papel muito bem tanto na frente quanto atrás das telas, Gaga surpreende atuando tanto deslumbre da vida que Ally adquire quanto no drama da mulher apaixonada pelo astro musical. Ela dá bastante sensibilidade e força à personagem e não é nada diminuída ao lado de Cooper. Muito pelo contrário, ambos combinam muito bem em tela, tanto na parceria musical quanto nas cenas mais dramáticas. Destaques também para Sam Elliott como o irmão/empresário de Maine, ambos tem cenas emocionais bem fortes e tocantes.

Mesmo com uma duração um pouco mais longa que o necessário o humor é bem pontual, personagens são fortes e as músicas originais ajudam a contar a história, Nasce uma Estrela é um filme completo que mesmo com um final que muitos podem achar previsível, conta com uma direção competente e astros que engrandecem a trama. E em se tratando de remakes, isso diz muita coisa.
Trailer:



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